sexta-feira, 3 de junho de 2011

A Relação Homem e Deus pelas categorias de Finito e Infinito




Neste terceiro ponto apontaremos algumas implicações da relação homem e Deus, e como essa relação é fundamental para entendermos o pensamento do autor quando este fala do conceito do desespero, e como esse conceito tem profunda atuação no homem. Depois de abordarmos os temas homem e Deus, nos pontos anteriores chegamos à reflexão de que o desespero leva o homem a um estado de vantagem e a um estado de imperfeição. Entendemos essa vantagem porque ela nos faz consciente de nossa superioridade ao animal. Percebemos-nos diferente do animal não só pela mera verticalidade do caminhar em pé, mas porque somos susceptíveis de desesperar. Esse desesperar serve de diferenciação; o eu se desespera porque é consciente da sua existência. O animal não tem essa consciência, portanto, não se desespera. Essa enfermidade se dá pela possibilidade de escolha que nós somos e por isso só existe no ser racional.

Sofrer de um mal desse coloca-nos acima do animal (...). A superioridade do homem sobre o animal, está pois em ser susceptível de desesperar; a do cristão sobre o homem natural, em sê-lo com consciência, assim como a sua beatitude está em poder curar- se. Assim há uma infinita vantagem em poder desesperar[1]

Porque o desespero é a consciência de que o estágio estético não confere sentido mais profundo à existência. Neste sentido, o desespero é a passagem para o estágio ético e concomitantemente para o estágio religioso, como foi o caso de Abraão. Se a superioridade do homem sobre o animal se encontra na possibilidade de desesperar, a do cristão sobre o homem natural está na consciência de possuí-lo, pois o cristão diferente do homem natural consegue pela beatitude curar-se dessa enfermidade. O desespero por si mesmo talvez não seja um estado de imperfeição, ele poderá se tornar imperfeição no imediato da negação do eu, porque essa negação representa uma fuga do real, uma tentativa de tornar a eternidade em temporalidade. Reconhecer a eternidade é adquirir o conhecimento daquilo que somos de fato, infinito e finito.      
            Partindo desses estados de vantagens e imperfeições, podemos elevar o desespero a duas categorias: o desespero virtual e o desespero real. O desespero virtual se manifesta no instante em que o eu busca atributos alheios a si. Ele se dá quando se depara com sua impotencialidade, e com isso almeja uma aniquilação de seus atributos. O homem se ver infeliz com o que tem e o que é, passando a buscar a superação de si naquilo que lhe são alheios, porque de fato o salto sobre o temporal está na aceitação de si, onde temos o desespero real. Esse real é a capacidade do reconhecimento de si, de sua grandeza e de sua miséria, de que é preciso fazer escolhas que dêem sentido à vida, mas nessas escolhas que são possibilidades de efetuação o indivíduo defronta-se consigo, passa a perceber as várias implicações que suas ações podem acarretar, nesse defrontar-se o eu pode se ver impotente frente às decisões que devem ser tomadas, mas é preciso uma superação do medo, é preciso apostar na infinitude para que sua finitude se realize, assim sua existência se concretiza no caminhar da própria existência, porque essa só terá fundamento se realmente realizar-se em sua plenitude. Essa dupla categoria se dá pela discordância da síntese que se estabelece consigo mesma.
            A discordância interna dessa síntese é nomeada de desespero, pois essa relação da discordância diz respeito a si própria, porém, não podemos intitular a síntese de discordância, mas apenas a sua possibilidade ou implicação do desespero. A síntese é entendida como possibilidade ou implicação do desespero quando ela se confronta pelas categorias que formam o homem. Essa oposição das categorias representa uma luta entre os termos, onde cada um quer se sobrepor ao outro gerando um mal estar, quando isso acontece há discordância, o desespero.
No momento em que o desesperado é inconsciente de ter um eu, essa possibilidade de ser ou não ser desesperado existe apenas na não-consciência, como afirma Kierkegaard, esse é o verdadeiro desespero. Afinal não existe o não-desespero, o que existe de mais real no homem é o desespero, mesmo que ele não tenha a consciência de possuir essa doença mortal. Essa discordância se encontra em todo homem, o que pode haver é a não consciência de possuí-la, porque essa doença, que no fundo é uma morte de si mesmo, está presente em cada um de nós, torna-se um reconhecimento de si. 
Essa doença mortal aplicada ao eterno reafirma a existência indestrutível do eu, a sua permanência na atemporalidade. Para que haja essa doença mortal, o filósofo dinamarquês afirma a necessidade da existência dessa síntese, pois caso contrário, não haveria essa angustiante e sofredora doença, e o sofrer dessa doença não seria mais do que um atributo humano, inerente a sua natureza, sendo assim, não haveria o desespero.

Seria apenas um acidente para o homem, um sofrimento como uma doença em que sossobrasse, ou, como a morte, nosso destino comum. O desespero está, portanto em nós; mas se não fossemos uma síntese, não poderíamos desesperar, e tão pouco o poderíamos se esta síntese não tivesse recebido de Deus, ao nascer, a sua firmeza.[2]

            Essa discordância (desespero) não possui maior ou menor grau, uma vez que ela sempre se apresenta com toda a sua possibilidade de ser. O primeiro ato de se desesperar tem a mesma força que o próximo ato de desesperar. Ela não é como uma doença que possui estágios mais críticos ou menos críticos. Essa discordância é sempre o mesmo desespero, sua manifestação uma vez dada se apresentará sempre a mesma. Tomemos como exemplo a queda de um corpo jogado para baixo do alto de um edifício, toda vez que jogarmos esse corpo ele provocará o mesmo efeito ao se chocar com o chão. Não há aí o menor ou o maior impacto o que há de fato é o impacto, assim pensamos que seja o desespero.

De outro modo se passam às coisas no desespero. Cada um dos seus instantes reais é redutível à sua possibilidade; a cada momento do desespero, se contrai o desespero; o presente constantemente se desvanece em passado real, a cada instante real do desespero o desesperado contém todo o passado possível como se fosse o presente.[3]

Percebermos que esse mal não possui diferenciações de graus, pelo motivo de contrair em si toda a sua potencialidade compreende-se que o homem ao estabelecer dicotomias entre o desespero cai em dois estágios, o verdadeiro e o não verdadeiro. Podemos falar do desespero verdadeiro quando o indivíduo se desespera na negação do Absoluto, porque está perante Deus e O nega. O indivíduo se coloca no lugar do Absoluto quer provar toda a existência a partir da sua própria existência, ou seja, ele atribui a si o conceito de infinitude e nega a finitude. Ao negar um dos termos trazemos à tona a discordância, estabelecê-la é contrair o desespero.
Ao conceito de desespero não-verdadeiro, pensamos que pode ser compreendido no momento em que o homem não se reconhece diante de Deus. Não é que ele negue essa Realidade, mas o eu não tem consciência dessa existência eterna. Afinal esse desespero de modo geral se dá pela possibilidade de escolhas que o homem tem, se sentindo desamparado, jogado no mundo, ele não se dá conta de sua infinitude que o sustenta, como se fosse suspendido, posto acima das impossibilidades. Vemos coisas desse tipo no cotidiano da vida. Vivemos essa possibilidade de escolhas, hora queremos isso, hora queremos aquilo, e nisso vivemos angustiados por não termos a clareza da decisão correta, por nos sentirmos desamparados, assim estamos vulneráveis a abraçar com mais facilidade essa doença do eu com toda a sua intensidade. 

Pois o que torna um homem desesperado não é a má sorte, mas é que lhe falta o eterno; desespero consiste em não ter se submetido à transformação da eternidade pelo “tu deves” do dever. O desespero, pois, não consiste na perda da pessoa amada, isso é infelicidade, dor, sofrimento, mas o desespero consiste na falta do eterno. [4]

Tendo compreendido que essa doença mortal – desespero verdadeiro e o não verdadeiro, não são causa de destruição do eu, uma vez que ele não é destrutível, que ele não termina com a morte, mas pelo contrário, perpassa a morte, continuando sua caminhada no atemporal, que faz o homem então? Tenta de forma alucinada, como que embriagado pelo ódio, negar a si. Trava uma batalha interior consigo próprio, a finitude contra a infinitude, ou seja, o desesperado quer libertar-se de si, do seu eu, anseia uma nova realidade, por isso é que Kierkegaard entende o desespero como uma doença mortal, porque o homem a todo o tempo está tentando matar seu eu para afirmar um eu imaginário, contudo, tal mortalidade implica em viver na morte. Cada vez que existe essa tentativa de morte surge uma nova afirmação do eu, provando assim a sua eternidade.

O desespero é portanto a doença mortal, esse suplício contraditório, essa enfermidade do eu: eternamente morrer, morrer sem todavia morrer, morrer a morte. Porque morrer significa que tudo está acabado, mas morrer a morte significa viver a sua morte; e vivê-la um só instante é vivê-la eternamente. Para que se morresse de desespero como de uma doença, aquilo que há de eterno em nós, no eu, deveria poder morrer, tal como o corpo morrer de doença. Ilusão!(...) Não devora a eternidade do eu, que é o seu próprio sustentáculo. [5]

            Frente ao desespero, o eu que é eterno, procura a todo instante a morte de si-próprio, ou seja, busca-se nessa realidade uma eliminação do corpo enquanto finitude do ser, como se com a morte do corpo o eu conseguisse a superação dessa enfermidade, porém, é inadmissível tal conclusão, porque ele se desprendeu da realidade finita e cai na infinitude do ser, tendo como conseqüência o eterno desespero, noutra perspectiva, deseja-se a morte de sua própria existência, o homem quer esconder sua condição de ser delimitado pelo tempo, quer esconder que seu fim é determinado por sua condição de possibilidade, por suas escolhas, e por mais que ele fuja terá a morte como fim, mas é preciso uma postura frente à realidade, não fugir dela, pois se fugimos vivemos a morte em seus instantes reais, antecipamos o seu tempo. Nesse contexto, Abraão não se propõe a tal atitude, pois para ele não há essa necessidade de fuga, enfrenta sua condição do homem, mantém sua relação consigo mesmo e com o Absoluto, ultrapassando o geral e se sacrificando por ele, mas não de forma inconsciente, ao contrário, assumindo essa possibilidade do possível.  
           
O dever absoluto pode então levar à realização do que a moral proibiria, mas de forma alguma pode incitar o cavaleiro da fé a deixar de amar. É o que mostra Abraão. No momento em que quer sacrificar Isaac, a moral diz que ele o odeia. Mas se assim é realmente, pode estar seguro de que Deus lhe não pede esse sacrifício; com efeito, Caim e Abraão não são idênticos. Este deve amar o filho com toda a sua alma; quando Deus lho pede, deve amá-lo se possível, ainda mais e é então somente que pode sacrificá-lo; porque este amor que dedica a Isaac é o que, pela sua posição paradoxal ao amor que tem por Deus, faz do seu ato um sacrifício. Mas a tribulação e a angústia do paradoxo fazem que Abraão não possa ser compreendido, de nenhuma forma, pelos homens. É somente no instante em que o seu ato está em contradição absoluta com o seu sentimento, que ele sacrifica Isaac. No entanto, é pela realidade de seu ato que pertence ao geral e, neste domínio, é e continua a ser um assassino. [6]  

Abraão supera o estado estético e ético – o desespero. Ele como qualquer outro homem, é possuidor dessa existência, transpondo o desespero para o universal. Sendo que ele não existe apenas na consciência de si, mas na existência[7], pois se fosse o contrário o homem seria desesperado quando crer-se que o fosse e deixaria de ser quando não crer-se mais. Ora, o desespero não é uma escolha entre ser ou não ser desesperado, ele é uma aceitação, um reconhecimento de sua existência, afinal nós não escolhemos possuir ou não possuir a doença mortal, necessariamente a existência do eu é desesperada, é universal. Abraão, como cavaleiro da fé, só age contra a moral, contra a proibição dos costumes de seu povo, porque é movido por outra lei, a Divina. Abraão não é irracional, pois se fosse, talvez não desse conta da necessidade de obedecer ao sacrifício de Isaac. Sua racionalidade se fundamenta na esperança de, por um ato de amor solitário, salvar a humanidade. Isaac não é só filho do absurdo, mas representa o amor ao Absurdo – Deus, para com o gênero humano. Esse solitário cavaleiro se torna realmente incompreensível por seu ato, mas perante sua fé ele é magnífico, o homem que está acima de todo o homem. Os estágios ético e o estético se perdem na imensidão do Absoluto. A moralidade pode considerá-lo um assassino. Se o sacrifício se efetua-se, seria louco, mereceria ele mesmo morrer, mas a moral se fundamenta nela mesma, inclusive ela é temporal, se dá no momento imediato, enquanto o eu de Abraão se fundamenta no estado religioso, obedece a si mesmo enquanto relação com Deus. O cavaleiro da fé, não só sobe a montanha para o sacrifício, mas essa subida representa elevar-se além do geral, e de forma incompreensível pela razão se joga no Absurdo, como uma gota d’água que se joga ao mar. Abraão não se perde na infinitude, ao contrário, se constrói uma bela relação de amor entre o finito e o infinito, o humano se diviniza e o Divino se humaniza.
 Sendo o desespero essa doença universal, é um erro pensá-la como uma exceção, porque na verdade ela é a regra. Ela é a regra porque é geral a todo o homem. Se fosse uma exceção seria uma doença psicológica. Ela se torna uma exceção apenas para o senso comum, onde se afirma ser ou não ser desesperado dependendo das circunstâncias, e se são, são apenas imediatos. O indivíduo que não se sente ou não se supõe ser desesperado, viverá a grande angústia do desespero, pois o homem que se afirma como possuidor do desespero não está longe da cura, pelo contrário, está mais próximo do que aqueles que não se aceitam ou não se julgam desesperados.
À medida que nos reconhecemos enfermos tanto mais o eu se afirma. Também com o crescer da consciência cresce a vontade, quanto maior for a vontade será o eu. Um homem sem vontade é um eu inexistente, pois à medida que aumenta a vontade no homem conseqüentemente aumentará a consciência de si próprio. Mas o que é essa vontade afinal de conta? Essa vontade é o reconhecimento que o homem tem de si como ser dialético, por essa vontade se movimenta o indivíduo, ela leva-o cada vez mais a se re-descobrir como desesperado, e a cada vez que se re-descobre, mais aumenta a consciência de si.
Quando não há esse re-descobrir-se do homem, ele corre o risco de se perder na infinidade, que é imaginária. O homem só se encontra na infinitude que é estar perante Deus, essa é a verdadeira infinitude. Já o mergulhar na infinitude ilusória é buscar a cada instante o desespero, pois, ele é dialético. A Eternidade garante ao homem “o finito que delimita e o infinito que ilimita” [8]¸ perante Deus o desespero não é informe, mas é reconhecimento de si.
O finito desesperado se dá pela carência do infinito. Esse desesperado leva uma vida temporal, construída de aparências buscando satisfazer seu ego nos louvores humanos, uma busca incessante por honrarias e glórias terrestres, uma busca pelo estético.

É por isso que ele (Abraão) me aterroriza ao mesmo tempo que suscita a minha admiração. Aquele que se renega a si próprio e se sacrifica ao dever renuncia ao finito para alcançar o infinito; e não lhe falta segurança; o herói trágico renuncia ao certo pelo mais certo, e o olhar pousa nele com confiança (...) Sofre toda a dor do herói trágico, aniquila a sua alegria terrestre, renuncia a tudo e corre ainda o risco de fechar a si próprio o caminhar da alegria sublime, tão preciosa a seus olhos e que ele (Abraão) queria conquistar a todo o preço (...) O herói trágico realiza o seu ato no momento preciso do tempo; mas no decurso do tempo realiza também uma outra ação de não menos valor: visita aquele cujo peito oprimido não pode respirar nem abafar os suspiros, aquele cuja alma se verga ao peso da tristeza, acabrunhada pelos pensamentos alimentados de lágrimas; aparece-lhe, liberta-a do triste sortilégio, corta os laços, seca as lágrimas; porque se esquece de seus próprios sofrimentos ao pensar nos alheios. [9]

A atitude do cavaleiro da fé passa pela superação do temporal para se encontrar na eternidade, ou seja, supera o possível imediato para alcançar o possível Absoluto, nisso o autor afirma que “o eu é necessidade, porque ele próprio é possível, porque deve realizar-se” [10]. O desespero do possível se dá no afastar-se da necessidade. O possível pode ou não se realizar, não há uma efetuação do eu, apenas ele é movido por desejos, angústias, esperanças. No desejo o possível nos engana, e se mostra como real, mas em seguida vem a certeza de que tudo isso que o eu esperava tornou-se apenas uma imaginação, uma criação de uma mente imaginativa, nisso o desesperado afasta-se de si próprio, se perde na sombra da ilusão. Na angústia, o espírito[11] sempre busca uma esperança, isso prova que o momento delimitado pelo tempo, o presente – o instante[12] é insatisfeito, pois a esperança representa uma busca por algo melhor, a ela buscamos porque há uma inconformidade com o presente, com a vida. Sabemos que de fato vivemos o possível, desejamos – talvez aconteça a suprassunção da angústia – eliminação, o fim do mal que pode ser eterno pelo suicídio – na esperança de que tudo se efetue, que a necessidade se co-pertença ao possível.
O homem se re-encontra na eternidade porque nesse caso há um acréscimo da consciência do eu, contudo desesperar-se do eterno implica que possuímos a idéia do eu, de que há nele a eternidade, por isso, o desesperar-se é um ganho, uma vez que quanto mais nos desesperamos no eterno mais consciência o eu assume. É por essa mesma eternidade, pela fé[13], por esse salto qualitativo que o eu supera o desespero, caindo no estágio superior da existência que é o estado religioso, fase de culminação do desenvolvimento existencial. Nesse estágio o homem alcança uma relação particular com o Absoluto onde Deus é a única fonte capaz de realizar plenamente o indivíduo.
Partimos do pressuposto de que somos necessariamente desesperados. De início era uma idéia, agora chegamos à conclusão, somos possuidores desse mal. Mas não é o caso dele ser inerente ao homem que devemos nos desesperar, pois para essa enfermidade há uma solução, nossa aposta em Deus por um salto qualitativo, a fé. Percebemos que a doença mortal, essa enfermidade da temporalidade, representa, é e está enraizada à nossa existência. Só teríamos uma possibilidade de não sermos tocados por ela, se não tivéssemos nascido, pois nem a morte pode remediá-la, a não ser no sentido do mais puro cristianismo, uma morte para o mundo, um reencontro com o Eterno. 
                                                                                                                                                                            



[1] Ibidem. P.15
[2]  Ibidem. P.16
[3]  Ibidem. P.17
[4] KIERKEGAARD. As Obras do Amor. 2005. P. 59
[5] KIERKEGAARD. Desespero a Doença Mortal. P.20
[6] KIERKEGAARD, Sören. Temor e Tremor. Trad. Maria José Marinho. Coleção os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979. P.154
[7] Kierkegaard sai de um homem só razão e o desnuda na sua existência, pois a razão corre o risco de formular apenas conceitos metafísicos, sem apreender o real, com isso, Kierkegaard tem a preocupação de compreender a existência junto com a razão – consciência de si.
[8] KIERKEGAARD. Desespero a Doença Mortal. P.36
[9] KIERKEGAARD. Temor e Tremor.P.145
[10] KIERKEGAARD. Desespero a Doença Mortal. P.42
[11] KIERKEGAARD, Sören. O Conceito de Angústia. Trad. João Lopes Alves. 2a.edição. Editora Presença. 1979. “A síntese de alma e corpo deve ser instituída pelo espírito, mas o espírito é o eterno e só existe, pois, quando institui também ao mesmo tempo a primeira síntese: a do temporal e do eterno”. P. 138.
[12] Ibidem. “O instante é essa coisa ambígua em que se tocam o tempo e a eternidade: tal contacto institui o conceito de temporal, em que o tempo não mais cessa de repelir a eternidade e a eternidade não mais cessa de penetrar o tempo”. P.135.
[13] KIERKEGAARD. As Obras do Amor. 2005. “Ela mantinha o segredo para si mesma, foi o segredo da fé que a salvou, tanto no tempo quanto para a eternidade. Este segredo tu podes conserva para ti mesmo, inclusive quando com franqueza confessares a tua fé; e quando exaurido jazeres no leito de enfermo sem poder mover nenhum membro, quando não puderes nem movimenta a língua, podes ter mesmo assim junto a ti este segredo”. P.45

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