A
afirmação do homem religioso, Kierkegaard compreende como um estágio
existencial superior, porque supera e não aniquila os estágios estético e
ético. Toda a relação está voltada para uma realidade que supera a coisificação
do próprio homem. Nesse estado qualitativo transparece claramente a existência
humana desvelada em si mesma, sem máscaras sociais ou postulações indefinidas,
calcadas em eventos cingidos pela a aparência cotidiana. Contrariando o espetáculo circense em que o
homem está inserido ou elevado a compreensão da moralidade que formata o homem
na coletividade, Kierkegaard, eleva a vivência concreta do indivíduo,
esclarecendo que o existir decide-se por algo mais profundo, o conhecimento de
si, o qual dispensa a aparência estética e a formatação definida pela moral, em
vista da transcendência temporal, onde irá relacionar-se o finito com a
infinitude.
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