O
homem vive no limiar da opção entre o isso ou o aquilo, isto é, na instante do
nada. Pode torna-se algo quando decide por si, fazendo uma escolha, opta por
assumir sua condição de ser. Todavia, a escolha, segundo Kierkegaard, exige uma
força sobrenatural a qual podemos denominá-la de fé. A fidei
dom (dom da fé) é um ato também
de escolha que se fundamente no Criador de todas as coisas, o Deus cristão. Para
Kierkegaard, o Deus Cristão tende a significar a divindade tocando o limiar da
existência humana, confirmando em sim, no homem a realidade das relações
existenciais entre atemporal e o temporal. Tal relação não está supostamente
eliminando as ambivalências ou dúvidas, mas confrontando o limite humano com a
sua capacidade de eternizar a vida. Reconhecimento e escolha pelo Eterno abre o
pressuposto da infinitude humana, fazendo dela um cavaleiro da fé.
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